sábado, 28 de junho de 2008

A colonização de Sergipe: Histórias...


Aprendemos nessa aula sobre de que maneira nos é passado às informações dos livros didáticos, de forma que tudo que aprendemos é transmitido através do ponto de vista do historiador.
Como exemplo disso tomamos a visão do historiador Elias Montalvão a partir do seu livro “meu Sergipe”.
Esse livro retrata uma visão nacionalista por isso teve tanto sucesso ao ser aprovado por unanimidade na escola normal, pois essa era a visão de mundo de montalvao transmitindo para as crianças de fácil modo os principais conhecimento histórico e historiografia de sua pátria e incita-las ao conhecimento do sentimento de patriotismo.
O historiador escreve sem fugir do contexto de sua época absorvendo o que melhor deve ser ensinado, utilizado, pois por traz do livro didático a valores da época e de uma elite. No livro de Montalvão voltamos a reafirmar, estava à subjetividade da nacionalidade, pois na época ocorria a expansão urbana da cidade de Aracaju, com o surgimento de classes pobres em busca de trabalho, emergindo a necessidade de educar essas pessoas para saírem de um mundo “limitado” e “medíocre” sendo assim criado um livro que contende informações sobre a historia do estado.
O primeiro capitulo desse livro e dedicado a capitanias hereditárias, situando Sergipe como pertencente à capitania de Francisco pereira Coutinho.
Nesse capitulo ele conta como ocorreu à doação das terras por Portugal e sobre a morte de Coutinho tendo sido devorado pelos índios tupinambá.
Fica bem claro o ponto de vista de montalvao ao relatar os índios na seguinte frase, ”cruelmente devorado por animais ferozes...”. Referindo-se ao donatário como uma vitima: “coitado, foi devorado pelos índios tupinambá”, reforçando a sua idéia com a figura em que o colonizador aparece amarrado indefeso.
Montalvao era a favor da colonização como implantação do progresso e de uma historia com heróis para exaltar o patriotismo.




Igor Diniz Araújo.

sábado, 14 de junho de 2008












Arqueologia do Xingó e nossos primeiros habitantes


Com a apostila "Arqueologia do Xingó e nossos primeiros habitantes" aprendemos sobre a importância do trabalho arqueológico, resgatando conhecimentos e nos ajudando a compreender os vestígios de nossa historia local.
E o que os arqueólogos fazem?
Enfrentam múmias, buscam tesouros perdidos, escondidos por piratas...
Não, mais de certa forma eles buscam realmente tesouros, só que não de ouro e de prata, certo que algumas vezes eles acabam encontrando essas riquezas deixadas por povos antigos.
Mas estamos falando de uma riqueza maior, a que nos leva a compreender a nossa cultura, eles buscam tesouros que podem nos aproximar de algo que não temos como saber ao certo, devido à falta de escrita dessa época.
Devido a essa deficiência eles a suprem, estudando os vestígios deixados por esses povos, esqueletos, artefatos históricos e pré-históricos, analisando pinturas rupestres entre outros.
As pinturas rupestres por sua vez retratam muito da cultura imaterial, como rituais de caça.
Resquícios de objetos encontrados próximo a restos mortais podem nos revelar costumes e peculiaridades que os distinguiam, como a forma de se fazer uma fogueira, por exemplo.
Isso nos faz remeter a aula que nos fala sobre o que é cultura, que nos mostra a transformação feita pelo homem na natureza para se adaptar e sobreviver em seu mundo, desenvolvendo a sua cultura.
A origem desses povos pré-históricos seria no planalto goiano e as cabeceiras do São Francisco tendo alcançado ate Sergipe através de afluentes do rio que era e é muito importante para a sobrevivência de seus ribeirinhos.
Aprendemos também com essa aula sobre os estudos feitos em1985 visando o salvamento arqueológico iniciado em meados do ano de 1988 tem do à participação de professores da UFS, UFPE, UFBA, da CHESF e da Fundação do museu do homem.
Esse projeto surgiu devido à construção da hidrelétrica de xingó, pois uma lei existente diz que qualquer construção que envolva a natureza de uma região dever primeiro haver um estudo da área para verificar se lá existem vestígios arqueológicos.
As pesquisas baseadas nos materiais encontrados vêm sendo realizadas e comprovam a existência de povos desde período do oitavo milênio, mostrando os costumes, maneiras como se viviam entre outros aspectos.
Então a importância do arqueólogo é indiscutível, pois aprendemos que através do seu trabalho, entramos em contato e conhecemos um passado mais distante ainda.


Igor Diniz Araújo.

segunda-feira, 2 de junho de 2008




Tupinambá e tapuia: um modo de ser indígena.


Havia vários núcleos de povoamentos dos primeiros habitantes antes da chegada dos jesuítas, eles viviam entre os rios Sergipe e real.
A ocupação feita pelos jesuítas é uma ação ligada a cultura de um grupo social, para passar a cultura do mundo português e da igreja católica.
Mas antes da chegada desses padres em outros colonizadores já haviam culturas sendo produzidas no nosso território, através dos indígenas, uma cultura diferente a dos colonizadores não inferior.
Pra entendermos melhor a cultura dos nossos primeiros habitantes é preciso documentação, mais infelizmente não existe fontes escritas pelos próprios, isso é um pena, pois, nos proporcionariam uma proximidade maior com mais riquezas de detalhes de suas maneiras, rituais, costumes entre outros aspectos cujo desconhecemos.
As únicas fontes disponíveis são registros feitos por cronistas, padres, viajantes e documentos oficiais do colonizador é devido a essa falta de documentos que levam os historiadores a cometerem equívocos, pois tendo acesso a apenas documentos feitos pelos colonizadores em geral, vemos a visão de mundo passada por eles, vendo, por exemplo, os índios como bárbaros, preguiçosos, mão-de-obra e objeto de catequese.
Existe também uma visão bipolar que divide os índios em duas unidades culturais: os tupi e os tapuia, essa generalização transforma os traços culturais dos tupinambás para o modo de vida dos demais índios do Brasil, ignorando a diversidade das culturas e lingüística dos primeiros habitantes.
A categoria tapuia foi transformada em categoria analítica, dando inicio a um processo de classificação por exclusão, o que não fala tupi é tapuia.
Eles foram entendidos como unidades histórica e cultural que se opusera contra o mundo cristão e os tupis, eram taxados como bárbaros, eram umas generalizações dos tupinambás em referencia a todos os outros povos inimigos, quem habitavam outras partes do território que não fosse o litoral.
Por isso não podemos generalizar o modo de ser tupinambá para todos os habitantes, daí a frase tupinambá um modo de ser indígena.

Igor Diniz Araújo.



O que é cultura?

No termo cultura quem nasce em uma determinada cultura acha que ela serve para o mundo todo, mas na verdade ela só tem sentido na própia cultura na qual eles fazem parte.
A cultura só pode ser considerada cultura quando é produzida de maneiras diferentes, pois ela é que explica a diferença.
Nos somos aquilo que nossos grupos são ,mesmo existindo uma individualidade entre os indivíduos.
A lógica e a racionalidade são baseadas na cultura, transformando as idéias de um povo com verdadeiras e lógicas desfazendo dos modos de vida de outras populações tratando-as como ilógica e irracional.
A lógica e a racionalidade da cultura de cada povo são baseadas na idéia que é verdadeira e lógica a sua própia cultura, tudo então depende do observador e da sua cultura a racionalidade é a forma de ver o mundo e a sua lógica, ou seja, cada cultura tem sua lógica e racionalidade fazendo com que o comportamento desse mundo esteja interligado fazendo sentido.
Vejamos um exemplo, ao se comer insetos no oriente e em outras partes do mundo não, isso é agir em meio à cultura sem precisar pensar, pois agimos de acordo com os nossos costumes, pois ela é feita ritual sem que ninguém pense no que estar fazendo, um tipo de piloto automático.
O homem é o mais frágil entre os animais e é a partir dessa fragilidade que ele cria cultura, pois ela é o que lhe dar forças para que tenha coragem de lutar e saber quem ele realmente é.
Cada cultura tem uma relação própia com a natureza, o homem vai alem da natureza criando a sua cultura através de ações e percepções diante da sobrevivência e da necessidade criando as culturas materiais e imateriais que são encontradas pelos arqueólogos isso mostra o nosso modo de viver.
Isso ocorre apenas com o homem, pois todos os outros animais já nascem com suas funções pré-determinadas, como por exemplo, uma cobra do deserto que já e posta na natureza com escamas que a protege do calor, já o homem para satisfazer as suas necessidades básicas como se aquecer do frio, precisa e alem delas, desenvolvendo armas, descobrindo maneiras de manuseia o fogo, roupas entre outros criando assim a sua cultura material e imaterial, pois se não fosse isso o homem não existiria.
E vale a pena ressaltar que independentemente da cultura todos produzem bens materiais e imateriais.

Igor Diniz Araujo.


A valorização da nossa historia local e a sua importância para a historia.


Sempre nos deparamos com uma pergunta quer não quer calar, para que serve a historia local? Feita às vezes de maneira preconceituosa e na grande maioria por falta de informação por grande parte das pessoas que não tem acesso a essa historia em suas salas de aula nem em manifestações culturais, fazendo com que esses costumes não façam parte de seus cotidianos.
A historia local em alguns momentos é vista de maneira pequena mediante os outros fatos nacionais, mas mesmo escondida ela não para de ser construída.
O que decide o termo uma historia dos grandes fatos e uma menor são os fatos ocorridos no eixo Rio - São Paulo considerado de maior influencia no contexto social por certos historiadores.
Isso não é nada mais nada menos, do que um preconceito gerado por pessoas que acabam determinando e limitando a existência de um país a determinados acontecimentos de uma região.
Como por exemplo, uma pessoa cujo acha a noticia dada pela emissora que vamos chamar de Q de qualidade, mais importante, do que os fatos dado por uma emissora de pequeno porte, que vamos denominar de AP, esquecendo da sua utilidade.
O que esses historiadores esquecem é o fato de o eixo Rio - São Paulo ser também uma historia regional e que apesar de seus ocorridos terem maiores repercussões nacionais os acontecimentos não ocorrem da mesma maneira em outras regiões devido ao ambiente e situações que não são compatíveis, devido a diferentes realidades.
A importância de estudarmos a nossa historia local entre outras coisas é compreender o especifico de cada costume e a vivencia particular de uma região estudando em forma de micro-historia.
E o que seria isto? Vocês devem estar se perguntando, isto seria um método criado pela historiografia que reduz a observação de um objeto a fim de entender coisas que passariam despercebida se fossem observadas por uma escala de maior contexto nacional.
Isso nos mostra que para entendermos melhor o mundo temos que entender o nosso local, através de um estudo que resgate da vida de certos personagens, fatos religiosos alternativos, disputas políticas por regiões, disputa entre famílias e assim temos como melhor vermos na nossa realidade os fatos que englobam o mundo.
Dessa maneira conheceremos também toda riqueza escondida ou esquecida por nos, como festas populares, comidas típicas, personagens míticos, artes de modo artesanal, poesias, musicas da terra entre outros costumes.
Além disso, como historiadores podemos levar a historia da nossa terra para outros estados, pais e até mesmo o mundo, fazendo com que eles vejam que nossa historia não e menor e sim cheia de riqueza e valores culturais e principalmente importante como a de qualquer outra região do nosso Brasil, pois somos todos iguais, apesar de termos historias diferentes.


Igor Diniz Araújo.

Pela possibilidade de uma história “dos outros”


Em Sergipe foi observado um numero maior de obras focando alguns temas enquanto outros acabam sendo esquecidos.
A nossa historiografia aborda temas mais voltado à política e a economia, alguns casos a parte surgem monografias, dissertações e teses de doutorados resgatando outras historias, mais não são publicadas ficando esquecidas em bibliotecas, como a da UFS, acervos particulares, ou em acervos de instituições de ensino.
Há temas que acabam sendo mais desvalorizados ainda como a cultura negra, indígena e dos mestiços, já outros aparecem apenas em dados estatísticos.
Devemos então pesquisar novos costumes e maneiras de vida ampliando o conhecimento sobre pessoas do nosso cotidiano, pesquisando em documentos, depoimentos orais entre outras fontes.
Não podemos apenas falar sobre uma historia oficial, nem personificarmos personagens como heróis, mesmo existindo uma subjetividade, ou seja, uma escolha pessoal, pois assim o historiador cria uma problematização, uma critica impondo perguntas.
Na personificação de um herói a preocupação estar voltada para torná-lo grandioso, bondoso esquecendo os atos falhos, de conflitos e também o tempo do qual ele faz parte, só aparecendo pessoas comuns como sendo ajudadas pelos supostos heróis.
A verdade é que a historia dos anônimos é esquecidas pelos historiadores do que por falta de documentos, pois podemos achar vestígios dos anônimos em relatórios oficiais, e a partir desses fatos conhecermos melhor certos meios de vidas como de índios, negros e mestiços.
Ao transformarmos uma personalidade em herói, estamos esquecendo do seu lado humano e dos que o cercam causando conflitos, estamos dizendo que ele é um modelo a ser seguido no presente tendo assim um lugar nas grandes historias enquanto os marginalizados são esquecidos. Igor Diniz Araújo.





Visita ao arquivo judiciário

Na manha da quarta-feira do dia 07/05/ 2008 fizemos uma visita ao arquivo judiciário acompanhados pelo nosso professor Antonio Lindivaldo do departamento de historia da UFS.
Maria Eugênia a diretora do judiciário nos explicou o funcionamento e suas importâncias como à voltada para pesquisa e preservação da nossa historia através de registros de documentos como de crimes, conflitos de terra entre outros.
O arquivo é dividido em dois, um corrente e outro morto.
O corrente é utilizado pelos advogados que vão em busca de processos, já o morto é procurado por estudantes, curiosos e historiadores na busca de fontes de pesquisas para seus trabalhos ou satisfazer suas curiosidades.
Mais para se pesquisar um tema é preciso separá-lo por comarca, depois por datas e suas temáticas, pois a documentação é muito vasta e o pesquisador acabará não encontrando o que deseja obter.
Lá também é feito processos de restaurações e digitalizações de arquivos, tivemos acesso a vários equipamentos, como o de lavagem, secagem, reconstrução de arquivos, um trabalho realizado pela equipe dirigida pela Professora Vânia.
Os depoimentos do judiciário é o que mais se aproxima da realidade do dia a dia dos homens comuns, pois através destes documentos é que podemos conviver com os outros que vivem ou viveram a margem, sendo esquecidos pela historia.
Mas alguns desses personagens acabam sendo revividos por historiadores que trazem à tona as memórias vividas por eles, nos mostrando a importância de culturas esquecidas pelo tempo.

Igor Diniz Araújo.



Ah, galera nao deixe de visitar o site do arquivo judiçiario.
www.tj.se.gov.br/arquivojudiciario


Um passado próximo e distante

Antes de abrangermos o tema vamos falar sobre a historia conhecimento e a historia individual, ou seja, a vivida por cada um de nós.
Vivemos ligados por diversos traços, laços e regras em uma comunidade, todos nos participamos de uma historia coletiva passando ao mesmo tempo pela nossa própia historia, então mesmo havendo uma historia particular, como todos estamos ligados a outras pessoas todos nos acabamos participando da historia como um todo.
Nesse intuito historia seria o conjunto dos acontecimentos vividos num determinado tempo, entre muitos fatos os historiadores escolhe alguns para explicarem nesse ponto historia é também, o estudo do que os homens fizeram através do tempo e espaço estudando os atos humanos.
No texto de Oliva, o que é história, para que serve e quem tem medo da historia? , ela aponta a existência dessas historias, a “vivida” pelos homens e a “estudo” dos atos humanos localizados no tempo e espaço.
Agora vamos entender melhor o termo, um passado próximo e distante.
O objeto é o fato que o historiador escolhe para pesquisar e tratar, transformando uma historia vivida em fonte de conhecimento.
. Então ela pode ser influenciada pelo historiador, pois em determinados textos podem existir interpretações diferentes para quem a originou, o historiador por tanto pode passar de outra forma usando o seu ponto de vista, tornando um pouco próxima e distante ao mesmo tempo.
.Isso pode ocorrer pela visão de mundo do momento em que o historiador vive procurando assim uma explicação no passado para o fato que ocorre no presente.
Há uma diferença entre historia conhecimento e realidade, toda historia é realidade, mas, nem toda realidade vira conhecimento.
Quem vive a historia realidade não ver o seu tempo da mesma maneira que um historiador, pois ele ver aquele tempo com outros olhos fazendo a historia conhecimento.
Toda a historia tem haver com o presente, pois o passado tem sentido apenas para os vivos que se preocupam em buscar o compreendimento do passado, o historiador vai ao passado por causa de fatos que acontecem no presente.
E por que estudar historia?
Por que a historia nos traz o conhecimento que serve para identificarmos as nossas origens, ter uma noção básica de onde viemos e quem nós somos.
Igor Diniz Araújo.