segunda-feira, 2 de junho de 2008

Pela possibilidade de uma história “dos outros”


Em Sergipe foi observado um numero maior de obras focando alguns temas enquanto outros acabam sendo esquecidos.
A nossa historiografia aborda temas mais voltado à política e a economia, alguns casos a parte surgem monografias, dissertações e teses de doutorados resgatando outras historias, mais não são publicadas ficando esquecidas em bibliotecas, como a da UFS, acervos particulares, ou em acervos de instituições de ensino.
Há temas que acabam sendo mais desvalorizados ainda como a cultura negra, indígena e dos mestiços, já outros aparecem apenas em dados estatísticos.
Devemos então pesquisar novos costumes e maneiras de vida ampliando o conhecimento sobre pessoas do nosso cotidiano, pesquisando em documentos, depoimentos orais entre outras fontes.
Não podemos apenas falar sobre uma historia oficial, nem personificarmos personagens como heróis, mesmo existindo uma subjetividade, ou seja, uma escolha pessoal, pois assim o historiador cria uma problematização, uma critica impondo perguntas.
Na personificação de um herói a preocupação estar voltada para torná-lo grandioso, bondoso esquecendo os atos falhos, de conflitos e também o tempo do qual ele faz parte, só aparecendo pessoas comuns como sendo ajudadas pelos supostos heróis.
A verdade é que a historia dos anônimos é esquecidas pelos historiadores do que por falta de documentos, pois podemos achar vestígios dos anônimos em relatórios oficiais, e a partir desses fatos conhecermos melhor certos meios de vidas como de índios, negros e mestiços.
Ao transformarmos uma personalidade em herói, estamos esquecendo do seu lado humano e dos que o cercam causando conflitos, estamos dizendo que ele é um modelo a ser seguido no presente tendo assim um lugar nas grandes historias enquanto os marginalizados são esquecidos. Igor Diniz Araújo.

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