sexta-feira, 22 de agosto de 2008





A “praticidade” e o desperta do “mundo” português


Não existia um modo de ser colonizador, ao fazermos isso estamos cometendo o mesmo erro dos portugueses que generalizavam os índios como tupinambás.
Havia dois projetos como foram visto na semana passada, os dos colonizadores brancos e dos jesuítas mais todos estavam ligados à mesma cultura, ou seja, a portuguesa, mergulhados na mesma civilização apesar dos colonizadores serem europeus herdeiros de uma cultura greco-romana, existe diferentes maneiras de ser colonizador.
Os colonizadores portugueses diferenciam-se também de outros colonizadores europeus como no caso dos franceses, que considerava os índios como algo exótico, pois os franceses enxergavam o índio através da diferença cultural entre ambos.
Já os portugueses não usavam o termo diferente, mas faziam uma comparação da sua cultura com a do outro procurando encontra semelhanças para introduzi a sua cultura.
Esse processo era feito pelos portugueses de acordo com a racionalidade deles de acordo com a sua cultura.
Sobre a inquisição podemos afirma que os índios não foram perseguidos, pois, para o catolicismo, o índio pecava sem noção do seu pecado, por não terem sido batizados, já o mameluco sim, tinha consciência do pecado, no caso do mameluco Simão Rodrigues que foi acusado de herético por comer carne em dia santo e tatuar seu corpo.
Ao praticar tais ações, ele estava se comportando como índio. Para a inquisição todos deveria passar por uma transformação só que cada um de maneira diferente E assim Durante a inquisição nenhum índio era condenado.
Nessa aula vimos que os portugueses comparavam a sua cultura com a dos índios universalizando o mundo indígena ao seu mundo português.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Carta de Tolosa - Parte III

Esta terceira parte da carta revela-nos a natureza hostil que os jesuítas enfrentavam ao sair do Rio Real ao Rio São Francisco. Tolosa também retrata a alimentação e as viagens dos jesuítas de uma aldeia para outra, além disso, outra vez é explícito na carta que os índios pediam a catequese.
Gaspar Lourenço vai visitar uma aldeia, desta vez é a de Surubi, deixando os índios preocupados, pois estes sabiam da fama da tribo de Surubi, que tinha o costume de matarem brancos. Por estar temerosos os índios catequizados queriam acompanhar Gaspar na missão, este por sua vez, prefere ir somente com o seu companheiro (João Solônio).
Quando Gaspar chega a aldeia de Surubi, é bem recebido e apesar da fama que Surubi tinha de ser um assassino dos brancos, o jesuíta Gaspar Lourenço consegue converte-lo a fé cristã, observamos com isso que Tolosa tenta transmitir que as missões estavam sendo um sucesso.
Apesar de todo o esforço de Tolosa para demonstrar que as missões estavam bem, em alguns trechos da carta elas deixa implícito fragmentos que mostram a resistência de alguns índios que não queriam ser catequizados.
Os padres que eram enviados para as missões eram poucos e as aldeias catequizadas possuíam uma enorme quantidade de índios, por este motivo, os jesuítas optaram por batizar somente os índios que estavam morrendo, para que estes não fossem para o enfermo.
Com este processo de catequização, os padres acabavam facilitando o seu trabalho nas missões.
Chegamos à conclusão que o objetivo final da carta de tolosa é transmitir o sucesso da missão.
Devemos analisar que existem diferenças entre os criadores de gado e os jesuítas.
Enquanto os jesuítas trabalhavam com o psicológico dos índios visando benefícios a longo prazo os colonizadores visavam o lucro imediato.

terça-feira, 19 de agosto de 2008


A carta de tolosa- parte II

Nessa segunda parte da carta observamos os jesuítas inserindo os valores cristãos através da construção da primeira igreja Sergipana à igreja de São Tomé, O cristianismo aos poucos vai se firmando no dia dos primeiros habitantes ocorrendo à imposição de uma nova cultura.
Lourenço é visto como um apaziguador e edificante através do olhar de Tolosa relatando a evolução da companhia pelo rio Real e São Francisco mostrando que é positivo e de grande importância para a colonização à presença da Companhia de Jesus naquele território.
O termo demônio é usado para retratar todos os que causavam problemas a catequização
Como os índios que resistiam e os criadores de gado.
São inseridas culturas materiais como a cruz e imateriais, rezas, cantos, procissões. Entre a cultura imaterial, está presente o Batismo, ele passa a fazer parte do cotidiano indígena como algo que trará a salvação da alma. Tolosa deixa explícito que os próprios índios pediam para que fossem batizados fazendo assim uma apologia as campanhas tentando mostrar sua eficiência. Na segunda parte, o documento transmitiu que nem com algumas dificuldades encontradas os missionários desistiam da sua missão mesmo com a resistência por alguns índios, eles sempre contornavam a situação, fazendo com que os nativos os seguissem, e apenas uma minoria os ignorasse.
Tolosa tenta mostrar que esta resistência era de uma minoria ao mostrar Gaspar meio preocupado com Surubim, um índio que já tinha matado brancos em outras ocasiões. Neste trecho Tolosa demonstrar o sucesso que estava sendo a Companhia de Jesus e que o padre Gaspar Lourenço era respeitado pela maioria dos índios ao mostrar o índio assustado com Lourenço ao chegar falando na aldeia.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008



A carta de Tolosa como documento histórico de Sergipe I

Não temos registros escritos por Lourenço nem pelos índios, como os documentos são fontes indispensáveis para um historiador desenvolver suas analises criticas e conhecer melhor certos fatos buscamos algo que nos revele tais fatos escondidos por entre linhas de outros que escreveram.
Por isso as cartas, inclusive a de tolosa que iremos debater são de fundamental importância, para mostrar a vida de homens de carne e osso que viveram
naquele tempo interagindo com o seu mundo , algo que enriquece ainda mais o conteúdo histórico pois informa sobre a cultura do século XVI seja ela indígena ou dos demais colonizadores se tratando de um documento da época e sobre a época.
A carta de Tolosa foi escrita com o intuito de informar ao rei de Portugal como estava sendo a atuação da Companhia de Jesus na formação da catequese dos indígenas que eram considerados “bárbaros".
Elas eram alem de informativas, edificantes, vendo o mundo de forma etnocêntrica, informando que a corte portuguesa que a catequização em Sergipe estava dando certo, pois assim, os colonizadores portugueses continuariam seus trabalhos.
Tolosa então escreveu trechos que da o entender que eram os propios índios que pediam para os jesuítas mostrarem o caminho da fé.
Mais os índios não tinham noção de pecado, esse pecado foi introduzido pelos portugueses.
A região do rio real era considerada um trecho onde ficavam contidos os selvagens, ou seja, aqueles que não eram catequizados, pois resistiam,havia também outros obstáculos como a presença dos franceses fazendo aliança com os primeiros habitantes, mas os jesuítas sempre davam um jeito de contornar a situação segundo a carta , como forma de enaltecer as missões e mostra o seu sucesso.
Essa primeira avaliação da carta nos mostra o ideal para qual a carta foi escrita e algumas das dificuldades encontradas pelos jesuítas.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008






O mundo dos jesuítas - parte 2

Neste texto vamos estudar o Concílio de Trento suas decisões e práticas adotadas a partir deste, e a participação da Companhia de Jesus.
A igreja católica enfrenta bastantes transformações no final da idade media, começando a perder fiéis , Com esse descontentamento acabou surgindo uma nova doutrina religiosa a denominada protestante.
Para expandir o catolicismo várias missões jesuítas foram enviadas para alguns países.
Os jesuítas foram os que “melhor desempenharam o espírito da contra-reforma”, ocorrido no concílio de Trento.
Mas vocês devem estar se perguntando, o que é esse concilio de Trento?
O concilio de Trento foi uma resposta católica a reforma protestante como uma espécie de contra reforma.
Isso vez com que houvesse muitas mudanças na igreja, tão importantes que para Jean Delumeau a historia da igreja católica foi dividida em duas épocas.
O Concílio possuiu 3 fases e 25 sessões e situado em dois planos: o da doutrina e o da disciplina, um em que estavam os franciscanos, jesuítas, capuchinhos mais direcionados à fé e cristandade e em outro plano estavam bispos, padres, relacionados com indulgências, fraudes, riquezas e lucros.
Com algumas afirmações, exemplificando uma, afirma que a fé não se encontra apenas na bíblia mais também no ensinamento que é feito, as graças ofertadas que seriam por meios dos sacramentos que eram sete: batismo, eucaristia, confirmação, penitencia, extre-unçao, ordem e matrimonio, o homem deve se purificar através do batismo para se libertar do pecado original (concupiscência) é também comum à busca da graça através de anjos e santos.
O Consílio de Trento uniu todos os catecismos existentes tranformando-os em único,
Agora vamos tratar de outro tema o catecismo: A igreja sempre teve a preocupação de “instruir o povo”, mas a grande maioria era analfabeta e os padres mal formados, mas em 01 de Fevereiro de 1549 eles vão para o Novo Mundo propagar o Catolicismo da igreja católica e do rei de Portugal com o objetivo de facilitar a colonização.
Para Laura de Mello e Sousa “a dilatação da fé, colonização e fortalecimento do poder monárquico sempre aparecem associados” ·
Segundo Glória Kok “as almas e as riquezas materiais configuravam-se como integrantes de um projeto único: o de enriquecer a Metrópole espiritualmente com almas e financeiramente com as benesses fornecidas pela natureza".



O mundo dos jesuítas - parte 1

Devemos entender o mundo dos jesuítas para assimilarmos o processo de evangelização e a profissão de fé que aqui atuaram entre os jesuítas iremos da um destaque para o PR. Gaspar Lourenço.
Lourenço era considerado afamado em línguas e possuía uma grande estima e força moral perante os índios isso na região entre o rio real e são Francisco, pois os índios dessas regiões eram considerados “bravos” e como ele possuía experiência e facilidade de falar tupi, tornaria esse “apaziguamento” mais fácil, ou seja, convertendo-os ao mundo cristão.
As ações rotineiras dos padres jesuítas na Bahia consistiam em ocupar o espaço e pregar a causa para que vieram.
Em relação à ocupação do espaço a parti da década de 60 e 70, passaram a ser modificadas paulatinamente devido a influencia causada pelos jesuítas introduzindo o modo de ser cristão, passando a modificar as formações das aldeias, antes elas eram despeças, mais isso causava dificuldades na catequese, pois o nomadismo invalidava a evangelização, então Lourenço procurou unir as diversas aldeias em um só povoado, isso mostra o primeiro fator que contribui para o etnocidio indígena.
Alegavam que os xamãs, ou pajés eram intermediários dos demônios que é uma característica da cultura imaterial dos jesuítas, a palavra demonstra com isso que queriam impedir seus costumes aos índios.
A fundação da companhia de jesuítas em 1540 ocorreu para expandir a fé católica, num mundo que não era mais tão cristão como antes.
O seu fundador foi Inácio Loyola e em pouco tempo e Francisco Xavier e em pouco tempo foram chamados de exercito do papa por serem o elemento mais dinâmico da igreja romana na contra reforma .