quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Carta de Tolosa - Parte III

Esta terceira parte da carta revela-nos a natureza hostil que os jesuítas enfrentavam ao sair do Rio Real ao Rio São Francisco. Tolosa também retrata a alimentação e as viagens dos jesuítas de uma aldeia para outra, além disso, outra vez é explícito na carta que os índios pediam a catequese.
Gaspar Lourenço vai visitar uma aldeia, desta vez é a de Surubi, deixando os índios preocupados, pois estes sabiam da fama da tribo de Surubi, que tinha o costume de matarem brancos. Por estar temerosos os índios catequizados queriam acompanhar Gaspar na missão, este por sua vez, prefere ir somente com o seu companheiro (João Solônio).
Quando Gaspar chega a aldeia de Surubi, é bem recebido e apesar da fama que Surubi tinha de ser um assassino dos brancos, o jesuíta Gaspar Lourenço consegue converte-lo a fé cristã, observamos com isso que Tolosa tenta transmitir que as missões estavam sendo um sucesso.
Apesar de todo o esforço de Tolosa para demonstrar que as missões estavam bem, em alguns trechos da carta elas deixa implícito fragmentos que mostram a resistência de alguns índios que não queriam ser catequizados.
Os padres que eram enviados para as missões eram poucos e as aldeias catequizadas possuíam uma enorme quantidade de índios, por este motivo, os jesuítas optaram por batizar somente os índios que estavam morrendo, para que estes não fossem para o enfermo.
Com este processo de catequização, os padres acabavam facilitando o seu trabalho nas missões.
Chegamos à conclusão que o objetivo final da carta de tolosa é transmitir o sucesso da missão.
Devemos analisar que existem diferenças entre os criadores de gado e os jesuítas.
Enquanto os jesuítas trabalhavam com o psicológico dos índios visando benefícios a longo prazo os colonizadores visavam o lucro imediato.

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