Naquela época a falta de informação e consciência sobre a importância de bens patrimoniais talvez explicasse o descaso com tais bens incluindo os engenhos, onde hoje a grande maioria se encontra em estado de abandono e degradação como no caso do Pedras, esse retrato mostra a fragilidade da legislação na proteção de bens.
A corrida para tentar salvar esses bens patrimoniais esbarra na falta de entendimento sobre a legislação de tombamento.Se um engenho como o Pedras fosse tombado junto com seus imóveis e viesse a serem danificados, os responsáveis poderiam responder civil e criminalmente, de acordo com o decreto federal 25/37, onde as multas variam de R$ 10 a R$ 500 mil . “Nos danos irreparáveis pode haver até prisão”.
Para o arquiteto José Luís da Mota Menezes será preciso um melhor entendimento sobre a legislação de tombamento, do contrário o patrimônio ficará vulnerável à ira dos proprietários. “Há uma grande confusão sobre o objetivo do tombamento, que é o bem classificado. É estranho para muita gente saber que o seu bem vai ser tombado sem entender o seu significado”, afirmou. A percepção que se tem, segundo o arquiteto, é apenas sobre as restrições. “Eles não têm orgulho de saber que o seu bem é especial e por isso foi classificado. Acho que falta um melhor esclarecimento por parte dos órgãos e uma flexibilização quanto às restrições”, ressaltou.
Caso essa idéia apontada por José Luís da Mota fosse voltada para a população gerando um melhor esclarecimento para sensibilizar a comunidade do entorno dos bens com o objetivo de construir conceitos sobre valores, cultura, patrimônio, preservação e educação patrimonial, tornando-os parceiros e agentes multiplicadores no processo de preservação do patrimônio e na formação de uma consciência cultural, não ocorreria tais abandonos e desleixos.
Mas como é feito essa proteção?
A constituição de patrimônios históricos e artísticos nacionais é feita através de determinados agentes, recrutados entre os intelectuais, e com instrumentos jurídicos específicos, que selecionam bens e lhes atribuem valor, enquanto manifestações culturais e enquanto símbolos da nação. Segundo Maria Cecília Londres Fonseca “esses bens passam a ser merecedores de proteção, visando à transmissão para as gerações futuras, nesse sentido, as políticas de preservação se propõem a atuar, basicamente, no nível simbólico, tendo como objetivo reforçar uma identidade coletiva, a educação e a formação de cidadãos.”
Para dar fim ao nosso debate não podemos esquecer que tanto a memória como o patrimônio trabalham com lembranças e esquecimentos, então ao construir a memória, o homem intervém não só na ordenação dos vestígios, dos registros, mas também na sua releitura.
‘’ Os bens patrimoniais constituem, (...), uma
ResponderExcluirferramenta educacional importante, pois permitem
Que os jovens conheçam seu passado como forma
De compreender melhor o presente e, ao mesmo
Tempo, consolidem-se valores e se fortaleça o
Processo de construção de uma identidade cultural’’.
Interessante demais, parabéns pelo blog Igor!
Parabéns professor,é ótimo seu trabalho!Espero mais novidades,blz,eh noix!!!
ResponderExcluir